Dia 30: Dar nome à graça
Quanto mais nos aproximamos de Cristo, mais queremos compartilhar com ele as coisas que vivemos, até mesmo aquelas aparentemente insignificantes. Esse desejo de partilha nos provoca porque sabemos que ele está lá, no meio de tudo isso, e desejamos tocar sua presença ali na lama e em barro, nos lápis e batatas fritas da minha vida complicada, porém incrivelmente comum. É por isso que o Exame Diário é tão incrível e poderoso. Ele traz meu coração para Deus e Deus para o meu coração.
A palavra graça é usada de muitas maneiras diferentes. Nós podemos considera-la como um dom espiritual ou uma virtude. Se você pudesse pedir a Deus um dom espiritual exatamente agora, o que pediria? Coragem? Paz? Amor? Paciência? Sabedoria? Fortaleza?
Santo Inácio acreditava que é importante estar conscientes da graça (dom espiritual ou virtude) que estamos necessitando ou querendo. Por exemplo: se você teve um desentendimento com um colega de trabalho pela manhã e ficou irritado com isso, deve rezar pedindo a graça da paciência ou da temperança.
Esse exercício de estar atento à graça que precisamos pode ser feito para qualquer situação vivenciada no dia a dia. Por isso devemos prestar atenção aos nossos movimentos interiores, em quais reações, sentimentos, apelos que surgem durante o dia.
O Exame Diário nos ajuda a perceber os sentimentos que marcaram o nosso dia, como reagimos ao encontro com uma pessoa, a uma reclamação do chefe, a uma reunião de trabalho, a um necessitado que encontramos na rua e nos entende a mão, à perda de um objeto, ao fato de não termos conseguido realizar uma atividade planejada para aquele dia... As reações e sentimentos que experimento diante de cada acontecimento marcante do meu dia me fazem perceber de que graça eu preciso?
Fonte: Adaptação livre do site Ignatian Spirituality
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