quarta-feira, 19 de julho de 2017

31 dias com Santo Inácio de Loyola – Dia 19

Dia 19: O que eu fiz cada manhã


Nós recebemos esse presente insano que é a vida. Nós estamos vivendo no meio da Ressurreição. E durante todo o dia, toda a noite, nossos corações ainda perguntam: Onde está Deus?

Eu comecei a perceber cedo que Deus estava em todas as coisas, ou dentro ou por trás das coisas, ou tinha criado todas as coisas, que eu amava toda a minha vida... Nas sinfonias de Bach, em todas as flores, em todas os pássaros... No homem ou mulher que sofreu e quem não reclamou e que tentou ajudar o próximo... Deus está em tudo isso. Na garça-real azul. Nas árvores que mudaram de cor no outono. Ah, isso tudo é Deus.

Eu conheci pessoas que jamais atravessaram o limiar de qualquer igreja e que tinham uma profunda consciência de Deus. “Deus é educado!”, eles diriam com admiração. Ou ansiosamente: “Eu quero um Deus que tenha um rosto!” ou “Você sabe o que eu percebi ontem? Percebi que Deus não está com raiva de mim! E eu sempre pensei que Deus tinha raiva de mim”.

Deus é como um pretendente. Ele nunca se força para nós, mas se temos olhos para ver, ele está em todos os lugares:
-- Ei, aqui, olhe para fora: um beija-flor de pescoço vermelho!
-- Olá! Você que está com o coração pesado, olhe o nascer do sol!
-- Se você acha que ninguém o ama, olhe para aquele mendigo que está morrendo de vontade de tocar sua mão!

As coisas mudaram para mim quando eu comecei a ver que eu sempre amei a Deus e que o que eu fiz todas as manhãs - quer sentado em silêncio observando a luz, quer ouvindo os pardais, quer me sentindo imensamente agradecido, quer deixando minha mente vagar pelos mistérios do universo - foi a oração.

Fonte: Adaptação livre do texto publicado no site Ignatian Spirituality a partir de trechos de livro Holy Desperation (Desespero sagrado), de Heather King

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