domingo, 8 de dezembro de 2013

Amar & Servir sem Fronteiras

Nossa Missão, missão de todo o batizado, de todo cristão... Amar & Servir, com criatividade e amor que ultrapassa fronteiras!

Tweet do Papa Francisco em 07/12/2013:
@Pontifex_pt: "Queridos jovens, convido-vos a colocar os vossos talentos ao serviço do Evangelho, com criatividade e um amor sem fronteiras."

Fonte: Twitter

Sentir Maria, a Imaculada

Texto para oração e reflexão nesse domingo da Imaculada Conceição de Maria.

“Sentir Maria”, a Imaculada

... encontraste graça diante de Deus” (Lucas 1,30)

Certamente, cada “concepção” é um “mistério” de vida sagrada. Cada concepção é “in-maculada” e cada princípio de vida é santo, desde o “ventre” da mãe.
Hoje a liturgia celebra a festa da Concepção, dia do amor “secreto” de Joaquim e Ana, dia que marca o princípio do que será o caminho aberto na vida de Maria, que começa já no “ventre santo” de sua mãe.
Para além da realidade do puro pensamento, o “dogma da Imaculada” pertence á esfera do sentimento cristão. Nesse contexto, a comunidade cristã quis descobrir um “lugar de graça”, uma experiência, uma vida “sem pecado”, e viu que Maria, a Mãe de Jesus, é também Imaculada.

O “dogma da Imaculada” não é um dogma que se impõe à razão e que é preciso crer à força (isso seria imposição doutrinal), mas é o que ilumina e impulsiona o pensamento e o sentimento dos cristãos. Nesse sentido, um dogma que nos faz “sentir Maria”. Esse dogma expressa o fato misterioso de que ela foi transparente ao desejo de Deus, dialogando com Ele em liberdade, fazendo-se mãe do Filho divino. É um dogma aberto a todos os homens e mulheres que, por sua fé e seu compromisso, querem superar a trava do pecado, abrindo-se à vida pura da terra limpa, do amor imaculado, da justiça universal.
Sentir Maria” é reencontrar em nós mesmos aquilo que diz sim à vida, quaisquer que sejam as formas que esta vida tomar. “Sentir Maria” é superar toda expressão de desconfiança, de dúvida, de temor diante daquilo que a vida vai nos dar para viver.
É assim que se fala de Imaculada Conceição. O Verbo é concebido no que há de mais imaculado no ser humano, no que há de mais completamente silencioso e íntimo. Isto supõe que haja no mais profundo da pessoa um lugar onde não existe limitação, mas a fonte de onde nasce a vida.

Em todos nós, algo de bom, de inocente, de imaculado, continua a dizer “sim” ao incompreensível Amor... O ser humano é “capaz de Deus”. É preciso encontrar, entre nós mesmos, este lugar por onde entra a vida, este lugar  por onde entra o amor. É uma experiência de silêncio, uma experiência de intimidade, alguma coisa de mais profundo do que aquilo que se chama o pecado original.
Charles Peguy dizia que “Maria é mais jovem que o pecado”. Isto quer dizer que existe em nós alguma coisa de mais jovem e de mais profundo, anterior ao pecado, que é a beatitude original.
Falamos demais sobre o pecado original e muito pouco sobre a beatitude original. Existe em nós uma realidade mais profunda que a nossa resistência, um sim mais profundo que todos os nossos “nãos”, uma inocência original que todos os nossos medos e feridas... É preciso encontrar a confiança original.
Maria é o estado de confiança original. Assim, os Antigos Padres viam nela um arquétipo da beatitude original, a mulher da pura confiança, do sim original Àquele que É.
Maria é a nossa verdadeira natureza, é a nossa verdadeira inocência original, aberta à presença do divino.
Mas Maria não é Imaculada só (e sobretudo) em sua Concepção, senão em sua vida inteira; Ela se faz Imaculada, em atitude constante de diálogo com Deus e de abertura (entrega) ao serviço dos outros, por meio de Cristo, seu filho. Não reservou nada para si, tudo colocou nas mãos de Deus, para serviço e libertação da humanidade. Maria não dialoga com Deus para si mesma, senão em nome de todos os homens e mulheres e para o bem do mundo inteiro. Rompe assim a cadeia de mentiras, de egoísmo e de violência que tem suas raízes na origem da humanidade. Este é um dogma da Igreja que se reconhece em Maria e que quer também ser “imaculada”, colocando-se a serviço da obra libertadora de Deus.
Por isso dizemos que Maria é Imaculada com todos, por todos, para todos, para “nosso próprio bem e salvação”. Nesse sentido dizemos que ela é Imaculada como referência única de uma humanidade que também é capaz de escutar Deus e de responder-lhe; ela é Imaculada porque nos “des-vela” que também nós podemos romper as amarras que nos desumanizam; ela é Imaculada porque “re-vela” que o ser humano é “lugar” de abertura a Deus, que é possível viver em liberdade, dialogando com os outros, a serviço da comunhão e da vida.

Maria é o verdadeiro Templo, é espaço de presença do Espírito, lugar sagrado onde habita a divindade para, a partir dela, expandir-se depois a todo o povo. Ela é lugar de plenitude do Espírito, terra da nova criação, templo do mistério.  Evidentemente, esta presença é dinâmica: o Espírito de Deus está em Maria para fazê-la mãe, lugar de entrada do Salvador na história.
Ela não é um instrumento mudo, não é um meio inerte que Deus se limitou a utilizar para que fosse possível a Encarnação. Maria oferece ao Espírito de Deus sua vida humana para que através dela o mesmo Filho Eterno possa entrar na história.
Toda envolvida pelo amor divino, Maria soube colocar-se, em total disponibilidade, nas mãos de Deus, para cumprir sua santa vontade: “Eis a serva do Senhor, faça-me em mim conforme a tua palavra”.
Por isso a “Imaculada Conceição” é um dogma teologal, ou seja, expressa a certeza de que Deus quis comunicar-se de maneira transparente com os homens; buscou e encontrou em Maria uma interlocutora privilegiada,  capaz de escutá-lo e responder-lhe, compartilhando seu mesmo desejo de Vida plena. É um dogma sobre Deus, que não quer o “pecado” dos homens e mulheres, mas o amor que cria e dá a vida.
Uma tal comunhão com Deus excluía qualquer traço de egoísmo e de pecado. Só a plenitude da graça (“cheia de graça”) permitiu-lhe ser totalmente despojada de si para cumprir o projeto de Deus. Daqui brota a fé de que Maria, mesmo antes de nascer, foi preservada do pecado.

A festa da Imaculada Conceição leva-nos, portanto, a pensar em Maria como aquela que, movida pela Graça realizou-se como pessoa que acolhe o desejo de Deus e lhe corresponde com seu mais profundo desejo. Ao encarnar-se por meio dela, Deus não se impôs a partir de cima ou de fora, mas deseja e pede sua colaboração; por isso lhe fala e espera sua resposta, como indica o texto de Lucas, uma cena simbólica que pode apresentar-se como diálogo do consentimento: Maria respondeu a Deus em gesto de confiança sem fissuras; confiou n’Ele, lhe deu sua palavra de mulher, pessoa e mãe.
Ambos se uniram para compartilhar uma mesma aventura de amor e de graça, a história divino/humana do Filho eterno.

Para isso, a liturgia desta festa nos convida a focar a atenção no momento da Encarnação de Jesus, como fruto de um profundo diálogo entre Maria e o anjo de Deus. É no seu diálogo de amor fecundo com Deus que podemos e devemos afirmar que Maria é Imaculada. Nessa linha, a Igreja pode afirmar que Maria é (e foi se fazendo) Imaculada ao dialogar com Deus em profundidade pessoal.
Deus mesmo quis conduzi-la desde o momento de sua origem humana (concepção), como conduz cada homem e cada mulher que nascem neste mundo. Ali onde um frágil ser humano (uma mulher e não uma deusa), pode escutar Deus em liberdade e dialogar com Ele em transparência, surge o grande milagre: o Filho divino já pode existir em nossa terra.

Texto bíblico: Lucas 1,26-30


Na oração: entoar um hino de louvor, reconhecendo as “maravilhas” de Deus em sua vida; dar-se conta das beatitudes originais presentes no seu interior: compaixão, bondade, mansidão, busca da justiça e da paz...

Texto do Pe. Adroaldo Palaoro, SJ

Os Sonhos das Três Árvores

Na reunião do dia 02/12/2013, a nossa irmã Bruna Melhoranse nos fez refletir a história que transcrevemos a seguir.
Essa história tem muito a nos ensinar e uma das lições mais importante é que Deus é um Pai atento aos nossos sonhos, que opera tudo para que sejamos felizes, mas é necessário que tenhamos paciência e atenção aos seus sinais.

Os Sonhos das Três Árvores
Era uma vez três árvores. Haviam crescido juntas numa montanha distante; árvores igualmente frondosas, é verdade, mas com sonhos diferentes.
A primeira queria ser, quando cortada, um trono real, adornada com pedras preciosas e torneadas de modo a atrair a atenção de todos no palácio, tendo a honra de ser ocupada pelo rei.
A segunda sonhava em tornar-se parte de um grande navio, cruzando os mares de maneira imponente, levando tesouros, riqueza e ouro de um porto para outro.
A terceira queria ser a árvore mais alta de todas, crescendo em direção ao céu, de modo que todos que a olhassem, fossem levados a erguer os olhos para o Criador do Universo. Sonhos, apenas sonhos.
A primeira árvore foi abatida pelo machado de um forte lenhador, mas não para ser o trono de um rei. Com ela fez simplesmente um humilde depósito de forragem e alimentos para os animais. Diariamente ela servia para alimentar as ovelhas e o gado numa rude estrebaria. Nenhuma honra,  nenhum louvor, nenhuma glória...
A segunda foi cortada também. Mas não para ser um grande navio. Fizeram com ela um pequeno barco de pescador. Nenhum tesouro, nada de moedas de ouro e prata; nenhuma viagem luxuosa através dos mares. Só peixe molhado com a água do mar e redes velhas de pobres pescadores.
A terceira não teve destino melhor. Foi cortada e levada para os fundos de uma marcenaria, onde ficou aguardando algum destino útil. Jamais seria a mais alta e nobre árvore da colina.
Mas algo aconteceu! O tempo foi passando e cada uma delas teve seu destino desviado.
A primeira árvore viveu a aventura maior e a suprema honra no dia em que serviu como primeiro berço do Rei do Universo, quando este, ao nascer, não teve lugar senão na humilde estrebaria. Madeira nobre e honrada em seu humilde serviço.
A segunda viveu o seu dia de glória quando o pescador, dono do pequeno barco, ofereceu sua humilde embarcação para servir de púlpito ao jovem pregador da Galileia que, daquele barco, começou a proclamar a Boa Nova às multidões da Galileia.
Da terceira, foram utilizados dois pedaços, para que, com eles, se fizesse uma cruz. Ela foi carregada nos ombros cansados do Mestre, e no alto da montanha, ficou para sempre apontando o caminho do céu. Ela é, até hoje, símbolo de esperança e salvação. Pois nela morreu o Rei do Universo para salvar a humanidade. Seu sonho realizou-se: ela era a mais alta e mais nobre árvore da colina.
(Autor desconhecido)

Fonte: Link

Viver em estado de Advento

Na reunião do dia 02/12/2013 nossa oração foi baseado no Viver em “estado de Advento”.
O texto nos lembra a importância de estarmos atentos em todos os momentos da nossa vida, até nas atividades cotidianas, pois aqueles que têm fé e esperança no Senhor que vem deve cuidar para não construir sobre a areia e para que não falte o óleo para manter a lâmpada acesa.

“Vigiai, porque não sabeis em que dia vem o vosso Senhor” (Mt 24,42)

Advento de novo? Um Advento a mais ou nova oportunidade? Sim, mais uma vez estamos começando o tempo litúrgico do Advento. O risco é vivê-lo como “mera repetição”, como um “tempo parecido” com o tempo anterior.
Na realidade, cada Advento, por mais parecido que seja ao anterior, é totalmente diferente;  ele é original e único, porque as esperanças são novas, os projetos são novos, a vida se renova sempre, o seguimento de Jesus Cristo se aprofunda sempre mais...
Não esqueçamos que o Advento é toda uma possibilidade de vida que temos à frente. Por isso o grande grito deste primeiro domingo é “Vigiai” porque “não sabeis quando virá o vosso Senhor”.
Ninguém vigia o passado que já passou e já não existe mais. Vigiamos o que está por vir, o que está vindo. A vigilância olha sempre o futuro. Um futuro que depende de Deus e depende de nós. Porque uma coisa é a ação de Deus em cada um de nós neste tempo do Advento e outra coisa é o que nós fazemos para que algo novo aconteça.
Nós mesmos somos um “advento”, porque nosso futuro humano depende do que esperamos.
Haverá aqueles que já não esperam nada. Haverá outros que esperam algo novo, mas duvidam. E haverá aqueles que esperam o novo e dedicam sua vida a criá-lo já agora.
Porque em cada momento definimos nossas vidas; em cada momento algo surpreendente pode acontecer em nossa vida; em cada momento nossa vida pode apagar-se ou pode rejuvenescer-se.

No evangelho desse primeiro domingo do Advento, as duas pequenas parábolas insistem na atitude da vigilância.
A primeira delas nos adverte com uma intencionalidade clara: o maior inimigo da vigilância é a dispersão, revestida de rotina e apego ao costumeiro (“comer, beber, casar-se”). Viver vigilantes para olhar mais além de nossos pequenos interesses e preocupações.
Na segunda, a insistência se situa na importância de “estar vigilante”, porque o que está em jogo é nada menos que a segurança da “casa”, ou seja, a consistência da própria pessoa.
Tanto nos sonhos, como nos contos e nas parábolas, a casa é um símbolo arquetípico da pessoa. A partir desta perspectiva, a mensagem de Jesus é um chamado a tomar consciência de quem somos, favorecendo a atitude que nos permite “construir-nos” – a vigilância – e estando atentos àquela outra que nos “rompe” ou arruína – a dispersão.
Podemos compreender melhor o que ambas atitudes indicam quando as relacionamos com a atenção, entendida como a capacidade de viver no momento presente.
A dispersão é o estado habitual de quem se encontra identificado com seus pensamentos, sentimentos, emoções ou reações, ignorando sua verdadeira identidade.
A vigilância, pelo contrário, refere-se à capacidade de não perder-se no emaranhado dos pensamentos nem cair na armadilha das solicitações externas. Requer, portanto, a atitude própria do sentinela: situado estrategicamente em lugares altos e de amplos horizontes, ele recebe a delicada missão de observar, discernir e anunciar, para defender a vida do povo
Tal missão implica numa vigilância investigadora do horizonte, onde se fazem perceptíveis os “sinais”, ou até mesmo os indícios de que algo importante para a vida do povo está prestes a acontecer.
Por isso, o sentinela está treinado para “olhar”  a grandes distâncias, para “olhar”  com precisão.
Seu “olhar” investigador, aguçado pelo amor ao povo e a fidelidade à missão, está em alerta permanente.
Graças a essa distância e observação, vamos descobrindo em nós e em nossa realidade sinais de uma Presença que vem, que está vindo... em nossa direção.
De fato, onde colocamos nossa atenção, aí estará nossa vida (ou nossa falta de vida). A maneira como focamos nossa atenção é fonte de equilíbrio ou de desequilíbrio, de harmonia ou de desarmonia...
Viver em vigilância contínua é estar em atitude de exploração e rastreamento, é nos deixarmos ser surpreendidos, conduzidos, desafiados e, em última instância, transformados pelo Espírito de Deus.
Precisamente a vigilância é rastrear, descobrir os “espíritos-sopros-inspirações” do Espírito no ritmo da vida cotidiana e em meio á realidade que nos cerca.
Rastrear-descobrir-deixar-se conduzir: este é o movimento do tempo do Advento.

Vivemos num contexto marcado pela “dispersão”, seduzidos por estímulos ambientais, envolvidos por apelos vindos de fora, cativado pela mídia, pelas inovações rápidas, magnetizado por ofertas alucinantes...
E então, nós nos esvaziamos, nos diluímos, perdemos a interioridade e... Nos desumanizamos.
A pessoa “dispersa”, por não ter um horizonte de sentido que a atraia, fixa-se no cenário externo, agarra-se ao mundo circundante, apega-se às coisas, na ilusão de alcançar uma segurança almejada. Ela foge de si mesma, tem medo de encontrar-se. Por isso, acompanha o ritmo dos outros, repete a linguagem dos outros, adota os critérios dos outros, e acaba sendo influenciada e dominada por pressões e hábitos externos.
A “dispersão” corrói a interioridade da pessoa e dissolve aquilo que é mais nobre em seu interior. Longe de uma humanidade dinâmica, operante, ousada... o que a pessoa deixa transparecer é uma humanidade neutra, apática, estagnada; é humanidade lenta, afogada na “normose”, estacionada na repetição dos gestos e dos passos. Ela gira em torno de si mesma e não consegue fazer um salto libertador. Isso tudo leva a pessoa a debilitar-se, provocando a redução da vitalidade humana em vez de favorecer o crescimento pessoal.
“Dispersão” quer dizer estar espalhado, estar ocupado em muitas coisas e em diversas direções ao mesmo tempo, estar ausente, esquecido, dividido, distante, apenas por cima das coisas.
Pessoa “dispersa” é massa anônima empurrada pela multidão, vive na superfície de si mesma, desconectada da fonte interior, desarticulada e ocupada com o que não é essencial.

Advento é tempo propício – “kairós” -  para ajudar a superar nossa “dispersão”  e  poder recuperar a densidade humana interna. Para isso, precisamos entrar em “estado de vigilância”, repensar a interioridade perdida, reconquistar a autodeterminação.
E “vigiar” não é repetir-se, mas re-descobrir-se, re-inventar-se, re-encontrar-se, buscar-se de novo.
“Vigiar” é re-ajuntar as energias humanas que haviam sido dispersas e canalizá-las para reabrir  horizontes fechados e gerar diferenças originais fecundas.
“Vigiar” é acordar a autonomia adormecida e emancipar-se, ser pólo de afirmação pessoal e social. É indispensável colocar “ordem” por dentro e descobrir que a pessoa pode inventar-se a cada dia, a cada passo, conduzindo conscientemente a vida em direção à plenitude e não arrastá-la pelo chão.
Quem está em “estado de vigilância” tem a coragem de redefinir-se, de eleger, de assumir-se; é alguém preparado para dar um salto arrojado e criativo.
É nessa direção que o “tempo do Advento”, centrado n’Aquele que vem, mobiliza e re-ordena todas as dimensões da vida e propõe um caminho de humanização. Ele desafia cada um a assumir o potencial humano criativo que estava latente em seu interior.
Estar atentos e vigilantes é uma condição humana e cristã para viver intensamente; viver distraídos e dispersos é perder as oportunidades de muitos encontros, é deixar que o outro passe ao nosso lado sem nos darmos conta, é deixar que Deus passe sem que o percebamos, é deixar passar o momento em que Ele nos chama e perdemos a oportunidade de dar uma resposta vivificadora.
Viver é estar atentos à vida, a nós mesmos, aos demais. Viver é estar atentos às ocasiões únicas, às oportunidades que não voltam; viver é estar com os olhos abertos para contemplar, é estar com os ouvidos atentos para escutar.

Texto bíblico:  Mt 24,37-44

Na oração: + Em quê dimensões da vida você sente a força desagregadora da “dispersão”?
“Vida atenta” é vida com largos horizontes: neste Advento, o que você está “lendo” no seu horizonte pessoal,  social, profissional, familiar, religioso...?

Texto do Pe. Adroaldo Palaoro, SJ