Dia 20: Não muitas coisas, porém o bastante
Um provérbio latino nos ajuda a entender a dimensão espiritual: “non multa sed multum”, que significa não muitas coisas, porém o bastante. Os jesuítas não cunharam esta frase, porém é atribuída a eles, provavelmente porque seu espírito é tão alinhado com outros ideais jesuítas.
A qualidade com que um trabalho é feito – “o bastante” – pode ser mais importante do que a quantidade de tarefas realizadas por uma pessoa. Que valor se pode atribuir, por exemplo, a um voluntário que faz aconselhamento de 50 pessoas por dia? As pessoas atendidas podem se sentir como latas de sardinha na linha de produção de uma fábrica...
Ou qual o valor de centenas de orações diárias sem um real engajamento consciente?
Nos últimos textos de Dom Oscar Romero sobre este tema ele diz: “Nós não podemos fazer tudo e é libertador perceber isto. Isso nos possibilita fazer algo, e a fazê-lo bem feito”
As palavras de Madre Teresa de Calcutá acrescentam que: “Nós não podemos fazer grandes coisas neste mundo, nós só podemos fazer pequenas coisas com grande amor”.
Para reflexão:
-- Eu tenho experimentado algum sentimento de frustração quando não consigo fazer muitas coisas?
-- Refletir sobre a qualidade (profundidade) das minhas ações, grandes e pequenas... O quanto há realmente de mim nas coisas que tenho feito?
-- Não é o muito fazer que sacia e satisfaz a alma... Mas saborear internamente as coisas.
Fonte: Adaptação livre do site Ignatian Spirituality
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