Sarça: Árvore do Horeb
Folhas e caules são envolvidos pela
vibração do fogo sagrado.
Entre os elementos vegetais, quase
camuflados, as quatro letras do divino Tetragrammaton[1]
espreitam...
O anjo do Senhor apareceu a
Moisés numa chama de fogo do meio de uma sarça. Moisés prestou atenção: a sarça
ardia no fogo, mas não se consumia. Então Moisés pensou: «Vou chegar mais perto
e ver esse espetáculo extraordinário: por que será que a sarça não se consome?»
(Ex, 3,2-3)
Cada
época tende a desenvolver uma reduzida autoconsciência dos próprios limites.
Por isso, é possível que hoje a humanidade não se dê conta da seriedade dos
desafios que se lhe apresentam, e «cresce continuamente a possibilidade de o
homem fazer mau uso do seu poder» quando «não existem normas de liberdade, mas
apenas pretensas necessidades de utilidade e segurança». O ser humano não é
plenamente autônomo. A sua liberdade adoece, quando se entrega às forças cegas
do inconsciente, das necessidades imediatas, do egoísmo, da violência brutal.
Neste sentido, ele está nu e exposto frente ao seu próprio poder que continua a
crescer, sem ter os instrumentos para o controlar. Talvez disponha de
mecanismos superficiais, mas podemos afirmar que carece de uma ética sólida,
uma cultura e uma espiritualidade que lhe ponham realmente um limite e o
contenham dentro de um lúcido domínio de si. (Encíclica Laudato si, n. 105)
Videira: Árvore da alegria
Símbolo
milenar de alegria, benção e paz, a videira é considerada um mensageiro da
plenitude, e um elixir da vida.
Seus
brotos, crescendo para cima, são uma força vital; seus ramos avermelhados são um
sinal concreto de uma promessa.
Eu sou a videira, vós os ramos (Jo 15,5)
[1] Tetragrammaton: O nome
hebraico de Deus transliterado em quatro letras - YHWH ou YHVH - e articulado
como Javé.
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