domingo, 25 de maio de 2014

Reunião Orientada

No dia 05/05/2014, a reunião da Pré-CVX Amar e Servir seguiu um roteiro de reunião orientada enviado pelo Regional Rio da CVX.
A proposta da reunião orientada é pensarmos um pouco sobre a dinâmica de cada comunidade: como nos reunimos, como nos dispomos à partilha, como é a nossa reunião e que tipos de reunião nos animam mais e nos fazem crescer como amigos no Senhor?
As reflexões feitas na reunião orientada serão partilhados em um reunião com uma CVX irmã, definida em sorteio pelo Regional Rio, cujos frutos serão partilhados na Tarde de Formação promovida pela Regional.

 Roteiro da Oração Orientada:

1) Oração Inicial
A mais dura das guerras é a guerra contra si mesmo. E preciso chegar até desarmar-se. Tenho lutado nesta guerra durante anos. Foi terrível. Mas hoje estou desarmado. Não tenho mais medo de nada, porque o amor lança fora o temor.
Estou desarmado da vontade de ter razão, de justificar-me, desqualificando os outros.
Não estou mais em guarda, à defensiva, ciumentamente crispado sobre minhas riquezas.
Acolho e partilho.
Não estou apegado, particularmente às minhas ideias, aos meus projetos. Se alguém me apresenta outras melhores, aliás, não só melhores, mas simplesmente boas, aceito-as sem mágoa.
Renunciei ao comparativo. Aquilo que é bom, verdadeiro, real, é sempre o melhor para mim.
Por isso, eu não tenho mais medo. Quando não se tem nada, não se tem mais medo.
Se estamos desarmados, despojados, abertos ao Deus-Homem, que faz novas todas as coisas, Ele paga o passado ruim, e nos traz um tempo novo onde tudo é possível.
Patriarca Atenágoras

2) Texto iluminador
A reunião é o momento em que a CVX se constitui como tal. É a ocasião em que a Comunidade vive momentos intensos e decisivos para a caminhada: é um grupo de escuta, de amizade, de partilha de oração e vida, de discernimento, etc. Mas tudo isso se articula de forma a conseguir o objetivo principal: servir de instrumento para a integração do evangelho na vida ou, dito de outro modo, levar adiante o processo dos Exercícios Espirituais, pessoal e grupalmente.
Nas CVX, não existe um tipo único de reunião; antes, deve-se levar em conta qual é a verdadeira finalidade delas, para escolher, em cada momento, o mais indicado, sem deixar-se levar pela facilidade ou a improvisação. Em cada momento ou etapa do processo de crescimento de uma CVX, será preciso estudar qual é a proporção devida de um tipo ou do outro.
         (Fonte: Comunidades de Vida Cristã – CVX – Espiritualidade Inaciana para Leigos. Ceferino Garcia, SJ, Edições Loyola)

3) Texto Bíblico: João 14, 6-9
Disse-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade e a vida; ninguém vem ao Pai, senão por mim. Se vós me conhecêsseis a mim, também conheceríeis a meu Pai; e já desde agora o conheceis, e o tendes visto.
Disse-lhe Filipe: Senhor, mostra-nos o Pai.
Disse-lhe Jesus: Estou há tanto tempo convosco, e não me tendes conhecido, Filipe? Quem me vê a mim vê o Pai.

4) Dinâmica
a) Ler e refletir (individualmente e por alguns instantes) sobre os dois textos
b) Pontos para uma conversa inicial:
- Há quanto tempo esta comunidade/pré se reúne?
- Relembrar a formação da comunidade: membros que já participaram, assessores que já ajudaram o grupo, momentos fortes e difíceis da caminhada. Tentar perceber tipos de reunião que animaram/contribuíram para o crescimento do grupo (reuniões de partilha, de revisão de vida, de elaboração de um projeto comum, celebrações, etc..) -  Se possível anotar.
c) Partilha
Após esse “passeio” pela história da comunidade/pré, partilhar (à luz dos dois textos propostos), perguntar-se
- Quem vê esta comunidade/pré, vê o Pai?
- Em que momentos/situações temos a certeza de que nossa comunidade/pré reflete o Pai para o outro?
- Em que precisamos melhorar em nossas reuniões, de modo que nossa comunidade/pré seja verdadeiro “instrumento para a integração do evangelho na vida”?

5) Oração Final
Autobiografia em cinco capítulos

Cap. 1. Ando pela rua. Há um buraco fundo na calçada. Eu caio... Estou perdido... Sem esperança.. Não é culpa minha. Leva uma eternidade para encontrar a saída.

Cap. 2. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Mas finjo não vê-lo. Caio nele de novo. Não posso acreditar que estou no mesmo lugar. Mas não é culpa minha. Ainda assim leva um tempão para sair.

Cap. 3. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Vejo que ele ali está. Ainda assim caio... É um hábito. Meus olhos se abrem. Sei onde estou. É minha culpa. Saio imediatamente.

Cap. 4. Ando pela mesma rua. Há um buraco fundo na calçada. Dou a volta.

Cap. 5. Ando por outra rua.


                     Texto extraído de O Livro Tibetano do Viver e do Morrer, de Sogyal Rinpoche (Ed. Talento/Palas Athena)

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