Amendoeira: Árvore da admiração
A amendoeira é a primeira das arvores a florescer. É, por excelência, um sinal da primavera e do renascimento.
Javé me dirigiu a palavra: “O que
você está vendo, Jeremias?” Respondi: “Estou vendo um ramo de amendoeira”. Javé
continuou: “Você viu bem, Jeremias, porque eu estou vigiando para cumprir a
minha palavra”. (Jr. 1,11-12)
Ao
mesmo tempo Bartolomeu chamou a atenção para as raízes éticas e espirituais dos
problemas ambientais, que nos convidam a encontrar soluções não só na técnica,
mas também numa mudança do ser humano; caso contrário, estaríamos a enfrentar
apenas os sintomas. Propôs-nos passar do consumo ao sacrifício, da avidez à
generosidade, do desperdício à capacidade de partilha, numa ascese que
«significa aprender a dar, e não simplesmente renunciar. É um modo de amar, de
passar pouco a pouco do que eu quero àquilo de que o mundo de Deus precisa. É
libertação do medo, da avidez, da dependência». Além disso nós, cristãos, somos
chamados a «aceitar o mundo como sacramento de comunhão, como forma de
partilhar com Deus e com o próximo numa escala global. É nossa humilde convicção
que o divino e o humano se encontram no menor detalhe da túnica inconsútil da
criação de Deus, mesmo no último grão de poeira do nosso planeta». (Encíclica Laudato si, n. 9)
Macieira: Árvore do conhecimento
Antiga
árvore que dá bons frutos para aqueles que dela cuidam com atenção e amor.
Sob a macieira eu te despertei,
lá onde sua mãe te concebeu, concebeu e deu à luz. (Ct 8,5)
Não
somos Deus. A terra existe antes de nós e foi-nos dada. Isto permite responder
a uma acusação lançada contra o pensamento judaico-cristão: foi dito que a
narração do Génesis, que convida a «dominar» a terra (cf. Gn 1, 28),
favoreceria a exploração selvagem da natureza, apresentando uma imagem do ser
humano como dominador e devastador. Mas esta não é uma interpretação correta da
Bíblia, como a entende a Igreja. Se é verdade que nós, cristãos, algumas vezes
interpretamos de forma incorreta as Escrituras, hoje devemos decididamente
rejeitar que, do fato de ser criados à imagem de Deus e do mandato de dominar a
terra, se deduza um domínio absoluto sobre as outras criaturas. (Encíclica Laudato si, n. 67)
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