terça-feira, 29 de setembro de 2015
Faz o mesmo
Essa cena do papa nos EUA chamou-me a atenção, dado o contraste entre os planos.
No primeiro, o cura que cura: o papa com jeito de pároco que se aproxima e toca o menino para manifestar-lhe o cuidado (cura) de Deus.
No segundo, a atitude dos concelebrantes. Eles observam (até boquiabertos) e muitos não resistem a sacar seus celulares para fotografar o momento.
Dois planos que me levam a questionar de que lado eu costumo estar: de quem assiste ou de quem faz acontecer? De quem se move, de quem se comove ou de quem nem se move?
Consciente de que está imerso na sociedade do espetáculo e do consumo - que prefere o estético ao ético, o impacto à consciência, o milagre à conversão -, Francisco parece não se importar com olhares nem flashs, mas com aquele menino, como se único fosse.
Pois bem... Essa cena me comove? Então, chega a hora da parte mais desafiante: “Vai, também tu, e faze o mesmo!” (Lc 10,37) - como disse Jesus ao final da parábola do bom samaritano.
Foto: Catholic News Service
Texto: Rafael Zanata Albertini
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Poucos são aqueles que têm este ímpeto no coração de socorrer, de ajudar ou de se solidarizar com o outro, não importando o local, a hora, a situação ou mesmo a condição física do outro. A mídia chega primeiro do que o sentimento interno que nos move para o outro. Um outro fator é o medo que nos paralisa e impede este movimento. Que o Senhor nos dê a atenção cuidadosa e a coragem de deixar este sentimento brotar do fundo do nosso coração e nos direcionar para o próximo, que quase sempre é aquele que está mais próximo de nós.
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