Para quem vive por amor, e amor a Deus e aos irmãos, a vida nunca será vazia... Ainda assim as palavras do texto de outrora revelam uma realidade gritante dos nossos dias.
A vida corre vazia
“Pois bem, começamos a nossa vida na cidade.
Ali, a vida é melhor para as pessoas infelizes.
Na cidade, um homem pode viver cem anos e nem perceber que já morreu e apodreceu há muito.
Não há tempo para examinar a si mesmo, está tudo ocupado.
Os negócios, as relações sociais, a saúde, as artes, a saúde dos filhos, a sua educação.
Ora é preciso receber esses e aqueles, ir visitar uns e outros; ora é preciso encontrar-se com esta, ouvir aquele ou aquela.
Na cidade, a qualquer momento, há uma, ou simultaneamente duas, três celebridades, que não se pode deixar de ver.
Ora é preciso tratar-se ou providenciar o tratamento de outrem, ora são os professores, explicadores, governantas, e a vida corre vazia, vazia.”
(Leon Tolstói em A Sonata a Kreutzer, publicada em 1889 )
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