Na reunião do dia 18/08/2014, iniciamos o estudo orante da Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, do Papa Francisco.
A exortação, lançada em novembro de 2013, fala sobre o anúncio do evangelho no mundo atual. No texto, Francisco propõe “algumas diretrizes que possam encorajar e orientar, em toda a Igreja, uma nova etapa evangelizadora, cheia de ardor e dinamismo”. O pontífice toma como base a doutrina da Constituição dogmática Lumen Gentium, e aborda, entre outros pontos, a transformação da Igreja missionária, as tentações dos agentes pastorais, a preparação da homilia, a inclusão social dos pobres e as motivações espirituais para o compromisso missionário. [CNBB]
A reunião:
O capítulo I foi estudado integralmente por todos, mas os parágrafos do capítulo foram previamente distribuídos entre os membros para que rezassem individualmente para partilhar na reunião o que foi mais tocante no parágrafo que coube a cada um.
Capítulo I - A TRANSFORMAÇÃO MISSIONÁRIA DA IGREJA
1. Uma Igreja «em saída» [20-23]
20. Cada
cristão e cada comunidade há de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe
pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria
comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz
do Evangelho.
22. A Palavra possui, em si mesma, uma tal potencialidade, que não a podemos
prever. O Evangelho fala da semente que, uma vez lançada à terra, cresce por si
mesma, inclusive quando o agricultor dorme (cf. Mc 4, 26-29). A Igreja deve
aceitar esta liberdade incontrolável da Palavra, que é eficaz a seu modo e sob
formas tão variadas que muitas vezes nos escapam, superando as nossas previsões
e quebrando os nossos esquemas.
«Primeirear», envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar [24]
2. Pastoral em conversão [25-26]
A citação do discurso de Paulo VI que diz : A Igreja deve aprofundar a consciência de si mesma, meditar sobre o seu próprio mistério (...). Ou seja que ela deve comparar sempre suma imagem real hoje com a sua imagem a qual Cristo a viu e que por consequência disso, surge uma necessidade quase que impaciente de renovação, como se fosse um exame interior ao espelho do modelo que Cristo nos deixou de si mesmo.
A nossa reforma como igreja deve ser orientada por estar em fidelidade a Jesus Cristo, ou seja a sua própria vocação. Como instituição humana e terrena, a Igreja necessita perpetuamente desta reforma. Sem vida nova e espírito evangélico autêntico toda e qualquer nova estrutura se corrompe em pouco tempo.
Uma renovação eclesial inadiável [27-33]
3. A partir do coração do Evangelho [34-39]
37. As obras de amor ao próximo são a manifestação externa mais perfeita da graça interior do Espírito: " o elemento principal da Nova Lei é a graça do Espírito Santo, que se manifesta através da fé que opera pelo amor".
39. O Evangelho convida, antes de tudo, a responder a Deus que nos ama e salva, reconhecendo-O nos outros e saindo de nós mesmos para procurar o bem de todos. Este convite não há de ser obscurecido em nenhuma circunstância! Todas as virtudes estão ao serviço desta resposta de amor.
4. A missão que se encarna nas limitações humanas [40-45]
5. Uma mãe de coração aberto [46-49]
46. Sair em direção aos outros para chegar às periferias humanas não significa correr pelo mundo sem direção nem sentido. Muitas vezes é melhor diminuir o ritmo, pôr de parte a ansiedade para olhar nos olhos e escutar, ou renunciar às urgências para acompanhar quem ficou caído à beira do caminho.
47. Muitas vezes agimos como controladores da graça e não como facilitadores.
49. Prefiro uma Igreja acidentada, ferida e enlameada por ter saído pelas estradas, a uma Igreja enferma pelo fechamento e a comodidade de se agarrar às próprias seguranças. Não quero uma Igreja preocupada com ser o centro, e que acaba presa num emaranhado de obsessões e procedimentos.