Programação de Espiritualidade do Centro Loyola de Fé e Cultura PUC-Rio:
Retiro de Jovens - Preparação para Pentecostes
Jovens de 17 a 32 anos estão convidados para participar do Retiro de Preparação para Pentecostes, orientado pela Equipe de Leigos do Centro Loyola. O encontro será no sábado, 16 de maio, das 9h às 18h, em nossa sede, na Estrada da Gávea, 1. O investimento é de R$ 30 e inclui almoço. Inscreva-se aqui.
Iniciação aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola
O Retiro de Iniciação é o primeiro passo para quem deseja conhecer a Espiritualidade Inaciana. O encontro é fechado (pernoite), com momentos de silêncio, oração, leitura e partilha, e será orientado pelo padre Adroaldo Palaoro, SJ, Mestre em Espiritualidade pela Universidade Gregoriana de Roma e Diretor do Centro de Espiritualidade Inaciana. O próximo retiro de iniciação será de 22 a 24 de maio, na Casa de Retiros Padre Anchieta, em São Conrado, e começa na sexta-feira à noite, terminando após o almoço. O investimento é de duas parcelas de R$ 150 e inclui hospedagem em quarto individual com banheiro e todas as refeições diárias (café da manhã, cafezinho, almoço, lanche, jantar e ceia). Inscreva-seaqui.
Retiro Ecológico
De 12 a 14 de junho, o padre Alfredo Sampaio, SJ, orienta um Retiro Ecológico a partir da Espiritualidade Inaciana. A proposta do encontro é contemplar a Criação de Deus e perceber que é possível encontrá-lo em tudo o que Ele criou. O encontro será na CARPA, e o investimento é de duas parcelas de R$ 150. Inscreva-se no site www.clfc.puc-rio.br.
Marque na sua agenda as datas da programação de Espiritualidade do Centro Loyola para o próximo semestre:
18 a 20 de setembro - Retiro Temático, com o padre Alfredo Sampaio, SJ.
25 a 27 de setembro - Retiro de Iniciação aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, com o padre Adroaldo Palaoro, SJ, na CARPA.
16 a 18 de outubro - Retiro de Iniciação aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, com o padre Alfredo Sampaio, SJ, na CARPA.
31 de outubro - Retiro de Finados, com o padre José Maria Fernandes, SJ, no Centro Loyola.
6 a 8 de novembro - Retiro de Iniciação aos Exercícios Espirituais de Santo Inácio de Loyola, com o padre Raniéri Araújo, SJ, na CARPA.
20 a 22 de novembro - Retiro Temático, com o padre Alfredo Sampaio, SJ, na CARPA.
28 e 29 de novembro - Retiro de Preparação para o Natal, com a Equipe de Leigos, no Centro Loyola.
Acompanhe a abertura das inscrições no site www.clfc.puc-rio.br.
Feliz Páscoa, caríssimos!!
Tenho que reconhecer que infelizmente nem para todos parece ser uma Feliz Páscoa. Muitos ainda sofrem, são humilhados e pisados. Tantas situações assustadoras ocorrem (como o assassinato de uma criança de 10 anos pela força do próprio Estado) que uma grande falta de esperança no próprio ser humano cresce. Vivemos tempos de total niilismo e descrença. Não obstante, algo me chama a atenção na narrativa da paixão e ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo: a falta de esperança que tomou de conta dos corações daqueles homens e mulheres que o acompanharam desde a Galileia até Jerusalém.
Sim! Antes de verem o Senhor ressuscitado, as trevas tornou-se uma possibilidade concreta. Pedro estava desesperado por ter negado o Senhor. Um dos 12 traiu o seu mestre. As mulheres que permaneceram juntas a Jesus até o Calvário estavam em completa desolação. A Boa Nova, as promessas do Reino de Deus e a mensagem do amor simplesmente pareciam ter fracassado. Tudo morreu na cruz. Mas, curiosamente, todos os Evangelhos começam a narrativa da ressurreição apresentando uma imagem: o túmulo vazio.
A primeira reação das mulheres quando o veem assim é correr para contar. Pedro e o discípulo que Jesus mais amava também correm para ver se é verdade. "Eles viram e acreditaram". De fato, eles ainda não sabiam que o Senhor tinha ressuscitado. Ao contrário, a cena apenas refletia o vazio de suas vidas. Mas é justamente no vazio, caros irmãos e irmãs, que a vida se realiza. É bonito ver que o vazio perpassa todos os quatro Evangelhos, seja na consolação, seja na desolação. A experiência do nascimento de Jesus passa pelo esvaziamento de Deus para se encarnar e daqueles que estavam a volta, Maria e José.
O sermão da montanha e os milagres são palavras e gestos que preenchem o vazio físico e espiritual de cada homem. A ressurreição é a plenitude ocorrendo no vazio existencial humano. Depois de verem o túmulo vazio, os discípulos voltam a se reunir e ficam juntos escondidos com medo dos judeus. Mas o Senhor começa agora a aparecer ressuscitado para os seus. O sepulcro vazio torna-se pleno e ganha um sentido. Qual o primeiro gesto de cada um deles? Correr para anunciar. A esperança novamente surge em seus corações.
É interessante perceber que a postura dos discípulos não é de confiança em outros homens, mas sim uma confiança em Deus e na esperança que brota em suas vidas. E isso se manifesta em algo tão grande quanto, que é o desejo de uma vida nova. Na verdade, o sentimento de abandono e descrença decorrente da morte de Jesus aparece, dentre outras coisas, porque a vida nova em forma de desejo parece ser algo impossível de se realizar. Mas a ressurreição ocorre justamente no desejo de uma vida nova.
Temos assim, amados irmãos e irmãs, um grande sinal: enquanto existir em você o desejo interior de um mundo mais fraterno e justo, mesmo que tantos outros pareçam ser egoístas, ainda há a esperança. E o desejo de uma vida nova somente existe porque você e tantos outros são afetados pelo egoísmo humano e a falta de um olhar para o próximo.
Que Deus é esse que permanece em silêncio diante de tanta injustiça e violência? Não, ele não está em silêncio. Ele está falando no interior do seu coração, nos seus desejos de uma nova vida que aparentemente parecem ser irrealizáveis.
A ressurreição é o grande sinal da esperança e ela somente pode ocorrer em nossas vidas quando dirigimos primeiramente um olhar para os nossos desejos mais bonitos e puros. Sem isso, a descrença sempre permanecerá e o sepulcro vazio nem ao menos será visto. Desconsiderar os próprios desejos mais belos seria até mesmo deixar de acreditar em si enquanto pessoa e ser humano. Já houve tempo em que os homens riam ao escutar falar de justiça, amor ao próximo (incluindo até os inimigos), sensibilizar-se com o outro. Todavia, muito já foi conquistado em nosso mundo. Sejamos como esses homens e mulheres que acompanharam o Senhor.
Olhemos para os nossos desejos mais puros e altruístas. Corramos para anunciar que ainda há esperança!! Eu poderia falar da promessa do Reino que a ressurreição concretiza (ou o próprio Cristo ressuscitado enquanto realidade)! Não obstante, eles não podem ser nem ao menos vislumbrados sem antes olharmos para os próprios afetos e nosso interior, transformando o vazio marcado pela descrença em um vazio que é condição para a plenitude.
Assim como na celebração de sábado santo que começa com o Círio Pascal (foto abaixo) sendo aceso na fogueira em meio à escuridão, busquemos acender os pavios de nossos corações com o fogo, mesmo que seja pequeno, que ainda existe em nossos bons desejos.
Sejamos homens e mulheres espirituais e encontremos a alegria dentro de nós para sermos também imitadores do Redentor! Boa semana a todos!
Texto de Hugo Estevam Moraes de Sousa, Mestre e Doutorando em Filosofia (IFCS/UFRJ)
Para ir além da superfície da vida e das coisas:
"Digitar é diferente de escrever;
falar é diferente de se comunicar;
ver é diferente de enxergar;
ouvir é diferente de escutar.
Debater é diferente de brigar;
defender é diferente de endossar;
curtir é diferente de apoiar;
compartilhar é diferente de agir.
São diferenças fundamentais
entre um ser humano e ser humano."
(Pablo Villaça)