sexta-feira, 21 de julho de 2017

31 dias com Santo Inácio de Loyola – Dia 21

Dia 21: Prove e veja: Experimentando Deus com o sentido do Olfato


Pare e cheire as rosas: é um convite familiar. É um chamado para diminuir a velocidade e aproveitar a vida à medida em que a vivemos.
Existem muitas maneiras diferentes de fazer pausas na vida. Nós poderíamos sugerir: parar e olhar para o céu ou parar e ouvir o canto dos pássaros... Mas vamos considerar agora o sentido do Olfato, reconhecendo o poder do cheiro e de perfume em influenciar positivamente nossa vida diária.

Obviamente, há momentos em que o sentido do olfato parece mais uma maldição do que uma bênção. Uma fralda fedida, um lixo rançoso ou aquele perfume superforte em um elevador lotado pela manhã pode nos fazer desejar, temporariamente, que houvesse quatro sentidos em vez de cinco.

Mas o fato é que o sentido do olfato pode ser uma boa oportunidade para melhorar nossa qualidade de vida. Quando você considera o encanto das velas perfumadas e da aromaterapia, você vê o poder que um perfume agradável pode ter e com que frequência o usamos para melhorar nosso bem-estar.

O cheiro também está muito conectado com a memória, tanto que uma certa fragrância pode trazer de volta o passado em instantes. Anos atrás, lembro-me de estar na fila da Comunhão atrás de uma senhora que estava com um perfume igual ao último que a minha avó usava.  Embora tivessem passado anos desde a morte da minha avó, o cheiro me inundou com a súbita lembrança de sua presença. Foi um pequeno presente, como a graça, que vem do nada, mas é tão bem-vinda.

Mesmo que não seja traga memórias, uma fragrância convidativa pode mudar nossa experiência de um momento. Quando cheiramos algo que amamos, queremos saborear, o que implica pausar o que quer que estejamos fazendo, e inalar profundamente, saboreando a fragrância. Isso é diferente da nossa respiração na maior parte do tempo, que muitas vezes é superficial e rápida, principalmente quando estamos ocupados. Saborear o aroma de algo significa respirar intencionalmente, devagar. Isso significa preencher nossos pulmões de uma forma que nos centra e nos relaxa. Significa pausar em uma apreciação que é seu próprio tipo de oração.

Então, parar e cheirar rosas – ou um café fresco, ou uma floresta de pinheiros, ou as páginas de um livro novo – é algo realmente muito bom. É bom para o corpo; é bom para a nossa mente; é bom para nossas memórias. E, como lembrança da doçura da criação de Deus, é bom para a alma.

Proposta de ORAÇÃO:

Inicie: Centralize-se. Respire profundamente três vezes e procure se abrir a presença de Deus.

Agradeça: Agradeça a Deus pelo dom do olfato, pelas coisas do mundo criado que geram aromas convidativos e pelas lembranças do seu passado.

Reveja: Pense nos seus aromas favoritos. Faça uma lista deles se desejar. Pense nos momentos em que você os apreciou e pela alegria que eles lhe trouxeram.

Você já teve a experiência de cheirar algo e instantaneamente s lembrar de um lugar, uma pessoa ou uma experiência?  Como foi? Compartilhe a memória com Deus.

Pense em algumas de suas atividades favoritas. Qual o papel do cheiro em cada um deles? Imagine tomar um café no final da tarde sem sentir o cheiro... Comer um bolo de cenoura sem seu perfume... Ir a praia sem o cheiro do mar... Pense em como esses cheiros melhoram a experiência.

Olhe adiante: Amanhã, preste especial atenção aos cheiros que você encontra ao longo do seu dia. Quando terminar o dia, demore alguns minutos para revisá-los e perceber dos quais mais gostou.

EXPERIMENTE: 
Quando você sentir um cheiro que o agrade muito, tome um tempo para apreciá-lo. Respire profundamente e deixe seu corpo relaxar ao saborear o perfume. Pense na bondade e no amor de Deus enchendo você com cada respiração lenta e renovadora.

Fonte: Adaptação livre do site Ignatian Spirituality

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